quarta-feira, 4 de novembro de 2015



    A psicopatia, descrita pela primeira vez em 1941 pelo psiquiatra americano Hervey M. Cleckley, do Medical College da Geórgia, consiste num conjunto de comportamentos e traços de personalidade específicos, bem surpreendentes e até  encantadores à primeira vista, essas pessoas geralmente causam boa impressão e são tidas como “normais” pelos que as conhecem superficialmente.
    Poucos transtornos são tão incompreendidos quanto a personalidade psicopática, embora tenha caído na boca do povo, existem muitos mitos em volta da forma equivocada em que o transtorno é pensado.
    Enfim, vamos direto ao ponto. Você pode ser um psicopata?
    Listamos abaixo 20 características da psicopatia, com quantas você se identifica?
    1. Eles têm uma boa oratória e charme. São simpáticos e conquistadores num primeiro momento.
    2. Têm uma autoestima exagerada. Se acham melhores que os outros.
    3. São mentirosos patológicos. Mentem principalmente para conseguir benefícios ou justificar suas condutas.
    4. Têm comportamento manipulador. E, se forem inteligentes o bastante, os outros não perceberão esse comportamento psicopata.
    5. Não sentem remorso ou culpa. Nunca ficam em dúvida.
    6. Quanto à afetividade, são frios e calculistas. Não aceitam as 
    emoções, mas conseguem simular sentimentos se for necessário.
    7. Não sentem empatia. São indiferentes. E até podem manifestar crueldade.
    8. Têm uma incapacidade patológica para assumir responsabilidade pelos seus atos. Não aceitam os seus erros. Eles raramente procuram ajuda psicológica, porque acham que o problema é sempre dos outros.
    9. Necessitam de estímulo constante. Ficam aborrecidos facilmente.
    10. Gostam de um estilo de vida parasitário.
    11. Agem descontroladamente.
    12. Não têm metas a longo prazo. Vivem como nômades, sem direção.
    13. Eles se comportam impulsivamente. Com ações recorrentes que não são premeditadas. Junto com a falta de compreensão das consequências de suas ações.
    14. São irresponsáveis.
    15. Tendem a ser delinquentes na juventude.
    16. Demonstram problemas de conduta desde a infância.
    17. Tiveram a revogação de sua liberdade condicional.
    18. Eles têm versatilidade para a ação criminal. Eles preferem golpes e delitos que requerem a manipulação de outros.
    19. Têm tendência a uma vida sexual promíscua, com vários relacionamentos breves e ao mesmo tempo. Gostam de falar sobre suas conquistas e proezas sexuais.
    20. Acumulam muitos casamentos de curta duração. Não se comprometem por muito tempo por ter que manter um vínculo.
    Os items acima formam o método popular chamado de PCL (Psychopathy Checklist) desenvolvido por Robert Hare, PhD em Psicologia e professor da Universidade de British Columbia no Canadá. Cada atributo recebe uma pontuação de zero a dois, e para o diagnóstico correto se inclui uma entrevista e a análise do histórico do paciente. Segundo Hare, um por cento da população é psicopata.
    A psicopatia não limita-se em idades, pode ser vista mesmo em uma idade precoce. Segundo o psiquiatra forense John MacDonald há uma tríade que poderia indicar uma futura personalidade psicopática: crueldade com animais, piromania e a incontinência urinária persistente depois dos quatro ou cinco anos de idade.
    Na sociedade, a visão sobre o transtorno está distorcida, afinal já ficou instituído, graças a Hollywood, a ideia de que todos os psicopatas são como Hannibal Lecter ou Dexter, encantadores, com certeza. Mas é bastante evidente que não é preciso esquartejar alguém para ser louco. Sendo assim, é melhor estar ciente das pessoas ao seu redor, ter certeza que não esteja sendo vítima de uma manipulação enlouquecida e ainda não ter se dado conta.

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